Cidades

Procura por pescados ainda é baixa em Maceió

Comerciantes reclamam do movimento reduzido de consumidores nos tradicionais pontos de venda da capital alagoana

Por Evellyn Pimentel com Tribuna Independente 28/03/2018 08h14
Procura por pescados ainda é baixa em Maceió
Reprodução - Foto: Assessoria
Às vésperas das celebrações da Semana Santa, a procura pelos tradicionais pescados ainda é reduzida. Para alguns comerciantes o baixo movimento tem desanimado, outros acreditam que a clientela vai mesmo deixar as compras para a última hora. No Mercado da Produção, no bairro da Levada em Maceió, além do baixo movimento os vendedores reclamam da concorrência. Bancas instaladas nos arredores do mercado estariam dificultando as vendas na parte interna. Dona Vera Lúcia, de 64 anos, comercializa camarão e sururu. Ela demonstra insatisfação com as vendas reduzidas. “O movimento no Mercado está uma porcaria, porque colocaram uma feirinha ali fora e tem muita gente vendendo. A gente vende de R$ 18 o camarão e lá fora eles vendem a R$ 15. Aí fica difícil. O movimento está muito fraco eu esperava que fosse melhor, acho que se não fosse essa feira ia ser melhor. Hoje mesmo vendi 8kg porque fiquei até mais tarde. Espero que até sexta dê uma melhorada, talvez melhore”, conta Vera Lúcia. A também comerciante Selma Santos, de 47 anos, vai além. Para ela, a tendência é de piora nas vendas. “Acho que vai piorar e muito”, sentencia. Na banca dela o preço médio do peixe é R$ 15. Ela também vende mariscos. Para Selma, a compra de pescados no Mercado da Produção tem perdido a tradição. “Eu vou dizer uma coisa, o movimento daqui mudou muito. Trabalho no mercado desde os meus nove anos e antigamente era bom. Hoje em dia não está mais. Mudou muito porque tem muita gente vendendo peixe, nas portas, nas casas, nas vendas. Em todo o lugar agora vende. Antes as pessoas faziam questão de vir no mercado para comprar, mas hoje não tem mais isso não. as pessoas compram em qualquer lugar”. Expectativa é que o movimento se intensifique na sexta-feira Com preços de camarão a partir de R$ 18,  a vendedora Lenilda Rocha, de 45 anos, já é bem mais otimista. Ela garante que a tendência de aumento no faturamento é para sexta-feira, quando a procura e os preços geralmente crescem. “O movimento está melhorando e acho que vai melhorar nesses dois dias. O preço ainda não aumentou tanto, mas a partir de amanhã vai dar uma modificada danada”, diz. Em outro ponto tradicional de venda de pescados, a Balança da Pajuçara, o movimento também é reduzido. Jean Cláudio, de 43 anos, é outro comerciante que reclama da quantidade de vendas. Segundo ele, os vendedores ficam o dia inteiro na expectativa de melhora. “O movimento tá fraco. O dia todo tá assim, muito fraco. Na verdade a gente esperava que melhorasse, mas faltando dois dias sempre dá uma melhorada. Vamos abrir sexta-feira até o meio dia, vamos ver se melhora”. Gilberto José dos Santos, de 55 anos, afirma que mesmo que o movimento aumente, o preço não sofrerá oscilação. “O nosso preço é o mesmo. Inclusive já veio aqui o Procon e já fizemos a tabela para todo o período”, diz Gilberto.