Cidades

Diretora do Ifal reafirma indícios para expulsar estudantes

Aproximadamente dez alunos foram identificados pela participação no trote violento; a maioria, menores de idade

Por Evellyn Pimentel com Tribuna Independente 20/03/2018 08h29
Diretora do Ifal reafirma indícios para expulsar estudantes
Reprodução - Foto: Assessoria
O Instituto Federal de Alagoas (Ifal) aguarda posicionamento de uma comissão interna para confirmar a expulsão dos alunos envolvidos no trote, ocorrido na última sexta-feira (16) que vitimou três alunas e um professor do curso de Química da instituição. De acordo com a diretora geral do Instituto, Jeane Agostinho, cerca de dez alunos, a maioria menor de idade, possuem envolvimento. A indicação da direção do Ifal é para expulsão. “Há indícios de expulsão, para ambos os casos, mas só podemos dizer quando a comissão entregar o relatório e aí a direção publica e aplica”, afirma. A diretora diz que, segundo as investigações, o trote foi previamente elaborado e contou com a participação de dez alunos, dos 3º e 4º anos, mas apenas quatro foram responsáveis pela execução do trote. Todos foram identificados no mesmo dia do ocorrido. “Na sexta-feira, após o ocorrido, após prestar assistência às alunas atingidas, já identificamos os executores, porque na verdade houve o planejamento prévio e há o envolvimento de aproximadamente 10 alunos, do terceiro e quarto ano. Os quatro executores foram identificados, há um menor e três maiores de idade, por isso a gente não pode divulgar nomes. O ocorrido se deu no curso de química”, esclarece. Ainda conforme a diretora é necessário o cumprimento de um trâmite administrativo para que o processo seja encerrado. O primeiro passo foi instaurar a comissão especial para apurar o envolvimento dos quatro alunos identificados como agressores. Outra comissão, permanente, vai apurar a participação dos demais. “Existem dois tipos de ação que a escola promove já que nós temos um regimento disciplinar na instituição que prevê desde o ato leve até o gravíssimo, o que ocorreu foi um fato gravíssimo e os que jogaram a solução chamada de ‘sangue do diabo’ nas alunas atingindo três alunas e um professor, para esses foi criada uma comissão especial ainda na sexta-feira, que se reuniu hoje [segunda-feira, 19] a título de obedecer aos trâmites da instituição, porque foi flagrante. O caso é para expulsão, mas é necessário que se cumpra os ritos. Amanhã [terça-feira, 20], ou no mais tardar na quarta, estaremos divulgando o que a comissão optou por pena para que a direção aplique”, pontua Jeane. A diretora esclarece que, por se tratar de caso que envolve menores de idade, é preciso haver cuidado para que haja  comprovação de participação de todos no episódio. “No caso daqueles que não foram executores, mas também participaram do planejamento do ‘evento’ estamos aguardando que uma comissão permanente, que cuida dos casos disciplinares, tome as providências devidas. Mesmo tendo participado apenas do planejamento, não os isenta de levar uma expulsão, suspensão ou transferência. É um cuidado que a instituição tem por tratar com estudantes onde a maioria é menor de idade, é preciso mais cuidados ao imputar qualquer penalidade aos alunos”, destaca.