Cidades

Operação contra sonegação busca suspeitos de desviar milhões dos cofres

Griffe do Frango é o principal alvo, proprietário é suspeito de provocar maior parte da fraude

Por Tribuna Hoje, com assessoria MP/AL 26/09/2017 08h27
Operação contra sonegação busca suspeitos de desviar milhões dos cofres
Reprodução - Foto: Assessoria

O Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Conexos (Gaesf) do Ministério Público Estadual de Alagoas (Gaesf) em parceria com a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e Polícias Civil e Militar realizou uma operação nas primeiras horas desta terça-feira (26) com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudar documentos públicos e privados e cometer outros tantos ilícitos, a exemplo de sonegação fiscal, lavagem de bens e falsidade ideológica.O Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Conexos (Gaesf) do Ministério Público Estadual de Alagoas (Gaesf) em parceria com a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e Polícias Civil e Militar realizou uma operação nas primeiras horas desta terça-feira (26) com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudar documentos públicos e privados e cometer outros tantos ilícitos, a exemplo de sonegação fiscal, lavagem de bens e falsidade ideológica.

A operação - batizada de Polhastrofoi -  foi coordenada pelo promotor de justiça Cyro Blatter, que comanda o Gaesf e cumpriu dezenas de mandados de prisão, de condução coercitiva e de busca e apreensão.

Segundo ele, o trabalho de investigação durou quatro meses e os alvos são empresários que podem ter causado um prejuízo de milhões de reais aos cofres públicos em função do não recolhimento de impostos e de transações irregulares.

O promotor também informou que, por enquanto, ficou constatada a participação de 20 empresas e 45 pessoas no esquema.

“Já descobrimos, dentre outras coisas, que alguns dos verdadeiros donos das empresas usaram testas-de-ferro e laranjas para tentar despistar o Ministério Público, a polícia e a Sefaz. O que os suspeitos não contavam é que nosso método de apuração conseguiria chegar até eles”, disse Cyro Blatter.

A empresa Griffe do Frango é o principal alvo da Polhastro, uma vez que seu proprietário é acusado de ter provocado a maior parte dessa fraude que causou um prejuízo milionário ao Tesouro estadual. O gerente do estabelecimento comercial foi preso durante a operação e encaminhado ao Gaesf para prestar depoimento.

No total, foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva, 16 mandados de condução coercitiva e oito mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. Tais mandados foram contra a principal empresa envolvida no esquema, as 19 que servem como laranjas, os seus sócios e os responsáveis pela fraude fiscal. O colegiado também determinou o bloqueio de bens dos envolvidos.

Todos os acusados serão encaminhados ao Gaesf.

Polhastro

Polhastro, nome espanhol dado à operação, faz alusão a duas coisas: alguém que é considerado ‘espertalhão’, que tenta tirar vantagem sobre alguém ou alguma coisa, e também significa frango grande.

Mais informações serão repassadas à imprensa numa entrevista coletiva que será realizada às 16h, no prédio-sede do Ministério Público, no bairro do Poço.