Cidades

Greve dos Correios atinge cerca de 80% dos carteiros em Alagoas

Trabalhadores do setor operacional pedem 8% de reajuste e empresa ainda não apresentou contraproposta

Por Tribuna Independente 21/09/2017 07h58
Greve dos Correios atinge cerca de 80% dos carteiros em Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria

A greve de trabalhadores dos Correios no estado atinge cerca de 80% dos quase 500 carteiros. É o que afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos em Alagoas (Sintect), Altannes Holanda.

De acordo com o sindicalista, o atendimento já foi comprometido para a população, principalmente nos centros de distribuição. A categoria reivindica reajuste de 8% e melhores condições de trabalho.

“Basicamente a questão salarial, a gente está pedindo um reajuste de 8% e para resumir, melhorias nas condições de trabalho. Ao final de todo o dia a gente faz assembleia, mas para acabar a greve a empresa precisa fazer uma contraproposta. Até o momento ela tem apresentado parte de propostas, todas elas retirando mais de dezoito itens do acordo coletivo”, pontua.

Segundo os Correios, a paralisação é parcial e medidas estão sendo tomadas para evitar transtornos à população.

“A paralisação parcial, iniciada nesta quarta-feira (20) por alguns sindicatos da categoria, não afeta totalmente os serviços de atendimento dos Correios. Em Alagoas, as medidas de contingência já estão sendo aplicadas, tais como deslocamento de funcionários da área administrativa para apoio operacional, realização de horas extras, mutirões nos finais de semana e intensificação na entrega de encomendas. O percentual de adesão à paralisação ainda está sendo mensurado efetivamente. A Superintendência de Alagoas orienta aos clientes que não se desloquem para as unidades de distribuição, pois não há entrega interna”, garante o órgão por meio de nota.

Altannes Holanda questiona a informação passada pela Superintendência Regional. Para ele, o trabalho ficará prejudicado. Dos 36 sindicatos em todo país, 31 já aderiram a greve.

“Os trabalhadores da área administrativa não tem o no hall de um carteiro para fazer a distribuição das entregas. Vão fazer um mais ou menos, vamos dizer, porque na prática quem sabe fazer são os carteiros”, expõe.

A Superintendência Regional dos Correios em Alagoas diz que as negociações com os sindicatos estão em andamento. Esta semana haverá negociações com os sindicatos que não aderiram a greve.

“Os Correios continuam dispostos a negociar e dialogar com as representações dos trabalhadores na busca de soluções que o momento exige e considera a greve um ato precipitado que desqualifica o processo de negociação e prejudica todo o esforço realizado durante este ano para retomar a qualidade e os resultados financeiros da empresa”, ressalta o órgão.

Para o presidente do Sintect as propostas apresentada até o momento não estão em acordo com a necessidade dos trabalhadores.

 “A gente está disposto a negociar, o problema é que a empresa está agindo com intransigência. Terminou nossa data base que é  agosto, estamos na metade de setembro e ela simplesmente não apresentou a proposta final. O que eu posso dizer é que a gente está disposto a negociar, ela apresente qualquer proposta e vamos discutir, conversar, para ver a melhor saída. Se for uma proposta que dê para aceitar a gente aceita, mas nessa linha que vem apresentando até agora a alternativa é a greve mesmo”, reforça.