Cidades

Conselho municipal defende reativação do Grupo de Segurança Pública LGBT

Números de crimes de ódio contra a população LGBT têm aumentado consideravelmente em Alagoas

Por Ascom / Semas 28/07/2017 17h17
Conselho municipal defende reativação do Grupo de Segurança Pública LGBT
Reprodução - Foto: Assessoria

Em Alagoas, os números de crimes de ódio contra a população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) têm aumentado consideravelmente. A Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) apresentou relatório do cenário da violência no Estado a membros do Conselho Municipal dos Direitos e da Cidadania LGBT de Maceió, que defende a reativação do Grupo de Trabalho de Segurança Pública LGBT de Alagoas.

De acordo com coordenador de Política para a Diversidade Sexual da Semas, Roberto Junior, o crime de ódio é uma forma de violência direcionada a um determinado grupo social. “O agressor escolhe suas vítimas de acordo com seus preconceitos. O crime de ódio ocorre com maior frequência com as chamadas minorias sociais”, explicou.

Segundo o relatório, o Grupo Gay da Bahia trabalha há 37 anos resgatando dados e informações nas cinco regiões do país para revelar até onde vai a homo-lesbo-transfobia. Em 2016, aconteceram 16 assassinatos envolvendo a população LGBT no Estado de Alagoas, dos quais, cinco eram travestis. Em 2017, só no primeiro semestre, 11 pessoas LGBT foram assassinadas. Desses crimes, seis são caracterizados como homofóbicos.

“É importante ressaltar que nem todos esses casos têm cunho homofóbico. Mas Alagoas já é o terceiro Estado em que mais se mata a comunidade LGBT”, destacou Roberto Junior.

Com esses dados em mãos, o Conselho Municipal  dos Direitos e da Cidadania LGBT de Maceió e a Coordenação  da Diversidade Sexual da Semas acionarão o Ministério Público Estadual e Secretaria de Estado de Segurança Pública de Alagoas para  a reativação do  Grupo de Trabalho de Segurança Pública LGBT de Alagoas para um combate mais efetivo a crimes dessa natureza e para a promoção de ações que visem a implantação de políticas públicas voltadas para esse público.