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Caso Marielle: ex-PM deve prestar depoimento hoje

Ex-policial militar aposentado apontado como suspeito de envolvimento nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do seu motorista deve ser ouvido em Bangu, onde está preso

Por G1 16/05/2018 12h08
Caso Marielle: ex-PM deve prestar depoimento hoje
Reprodução - Foto: Assessoria
O ex-policial militar Orlando Oliveira, conhecido como Orlando Curicica e apontado como um dos suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, deve prestar depoimento à polícia nesta quarta-feira (16). Numa entrevista coletiva junto com a mulher de Orlando de Oliveira, o advogado dele disse que ainda nesta quarta, policiais civis e representantes do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) vão até o presídio de Bangu 1, na Zona Oeste do Rio, ouvir o preso. Ele é acusado pela Justiça e apontado pelo MP-RJ por envolvimento com milícia. Além de Orlando, o vereador Marcelo Siciliano também foi apontado por delator como sendo um dos mandantes do crime. Segundo o advogado, Orlando sofreu uma tentativa de envenenamento dentro da cadeia e que por isso pediu a transferência dele para outro presídio. No início desta semana, a Justiça determinou que ele seja levado para um presídio de segurança máxima. Em reportagem publicada pelo jornal O Globo, um delator contou a agentes da Delegacia de Homicídios que o homem seria um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, há dois meses. Na decisão divulgada nesta segunda, o juiz da 5ª Vara Criminal da Capital também autorizou que o preso permaneça provisoriamente em Bangu 1 até ser transferido para uma penitenciária de segurança máxima. O magistrado definiu que caberá ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen) indicar para qual presídio federal Orlando será transferido. No pedido, o Ministério Público alegou que a transferência "é de grande relevância para o interesse da segurança pública, visando inibir a atuação do preso em referência e de coibir eventuais associações criminosas". Ao G1, o advogado de Orlando chamou de "absurda" a transferência de seu cliente. "Foi feita na calada da noite para cercear a defesa e calar o meu cliente. Vou recorrer", criticou Renato Darlan.