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Policial militar mata a mulher PM em frente à filha da vítima em SP

Soldado foi preso por atirar na vítima, da mesma patente, após discussão no domingo (10) na casa do casal, que estava de folga; Caso com características de feminícidio ocorreu no Ipiranga

Por G1 11/12/2017 09h24
Policial militar mata a mulher PM em frente à filha da vítima em SP
Reprodução - Foto: Assessoria

Um policial militar foi preso após atirar e matar a própria mulher, também da Polícia Militar, na noite de domingo (10), no Ipiranga, Zona Sul de São Paulo.

O soldado Ailton de Souza Lima discutiu com a mulher, Ana Amélia Panichi, da mesma patente, e atirou nela. O crime, com características de feminicídio, ocorreu na frente da filha da vítima na casa do casal, que estava de folga.

Ana Amélia foi atingida por dois disparos no peito por volta das 22h50. Os bombeiros chegaram a levar a mulher ao Hospital Heliópolis, que não resistiu aos ferimentos e morreu.

O casal trabalhava na 2ª Companhia do 46º Batalhão da PM, também no Ipiranga. Agressor e vítima estavam juntos havia dois anos. A policial tinha uma filha de cerca de 10 anos de idade de um relacionamento anterior.

Após o crime, Ailton fugiu, mas se entregou na mesma noite, segundo nota divulgada nesta segunda-feira (11) pela PM.

“A Polícia Militar informa que o soldado Ailton de Souza Lima foi preso em flagrante após matar a companheira, a soldado Ana Amélia Panichi, por volta de 23 horas deste domingo (10), na Rua Gomes Nogueira, Ipiranga, zona sul da capital. Ambos eram do 46º BPM/M. Ailton fugiu do local, mas posteriormente se entregou. Ele está sendo autuado no Plantão de Polícia Judiciária Militar. A ocorrência segue em atendimento.”

O caso deverá ser registrado como homicídio doloso no 16º Distrito Policial (DP), da Vila Clementino, segundo informou a assessoria da corporação.

O crime tem caractertísticas de Feminicídio que, de acordo com a Lei de 2015, ocorre quando o assassinato envolve violência doméstica e familiar e menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

O crime será investigado na Polícia Civil pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Na PM, o caso também será acompanhado pela Corregedoria da Polícia Militar.